quarta-feira, 28 de abril de 2010

Últimas da Iª Feira de Cultura Libertária

O 1ª de Maio está se aproximando. O que indica a realização da Iª Feira de Cultura Libertária, cujo tema será o momento trágico, e por isso heróico, da classe explorada, quando no ano de 1886, em Chicago (EUA), travaram manifestações por 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de descanso. Os patrões, através do Estado, violentamente reprimiram com assassinatos a luta reivindicativa de trabalhadores que aspiravam uma vida humana digna. Nos últimos dias ocorreu a adesão do Movimento Passe Livre ao evento, assim como a finalização do segundo número do informativo “Palavras de Luta.”


Programação completa


15h00min

Abertura com a feira de livros libertários e exposição sobre o “1ª de Maio, dia de luta”.


16h00min

Relatos de existências das lutas sociais


17h00min

Exibições dos curtas


“Construção”

Maria Gutierrez – Brasil – 2006 – 8´30´

Baseado na música homônima de Chico Buarque, retrata o cotidiano dos trabalhadores da construção civil


“Dekassegui”

Roberto Maxwell – Brasil – 2006 – 11´

Cotidiano de um brasileiro descendente de japoneses que partiu para trabalhar no Japão


“Leviatã”

Camilo Cavalcante – Brasil – 1999 – 21´

A morte de um nordestino em São Paulo


18h00min

Recital de poesias com Edgar Schatazamann



Movimentos sociais, entidades e grupos confirmados



DCE - Diretório Central dos Estudantes – UNIVILLE

CALHEV - Centro Acadêmico Livre de História “Eunaldo Verdi” – CALHEV

GEPAF - Grupo de estudos, políticas e ações feministas

CMI - Centro de Mídia Independente

GEIPA - Grupo de Estudos das Idéias e Práticas Anarquistas

Livraria Libertária ´36

MPL - Movimento Passe Livre de Joinville

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Algumas opiniões críticas sobre o sistema de transporte de Bogotá “Transmilenio”*

Muito se tem falado das vantagens/benefícios do sistema de transporte “Transmilenio” de Bogotá, ressaltando sua eficiência, sua administração exemplar, sua pontualidade nos serviços, sua rapidez e grande contribuição à circulação dos mais de 8 milhões de pessoas que vivem na capital colombiana. Contudo, estas são meias verdades, dado que os grandes meios de comunicação em nível nacional e internacional não mostram alguns pontos críticos deste sistema, tais como:

  • Transmilenio foi criada mediante o Acordo 4/1999, através do qual se autorizou à administração a construir uma sociedade anônima de caráter/fim/ânimo comercial com financiamento de entidades públicas distritais. O projeto inicial definia que a infra-estrutura seria construída e mantida pelo Estado, enquanto que a operação e prestação do serviço de transporte coletivo estaria a cargo de empresas privadas de transporte. Ou seja, é um sistema onde o Estado constrói a infra-estrutura com os impostos de todos os cidadãos, para que o interesse privado (representado em certos grupos investidores) obtenham todos os lucros. É um de esses casos onde os governos fazem todo o possível para dar facilidades ao capital (neste caso nacional e estrangeiro) para que venha aos nossos países, invistam e levem todos os lucros fruto da prestação de um serviço público, como é o de transporte.
  • Como o fim dos investidores que estão atrás do sistema Transmilenio é aumentar ao máximo seus benefícios econômicos, o sistema mantém uma tarifa única para toda a população (1.600 pesos colombianos para o ano 2010, algo como R$1,5), sem oferecer descontos a estudantes, pessoas com deficiência o idosos; o que o converte em um sistema excludente para aquelas pessoas que não têm a capacidade de pagar a totalidade da viagem. Isto resultou que muitos estudantes (que não tem renda para pagar uma tarifa tão cara) preferiram ingressar no sistema Transmilenio de forma ilegal, colocando em risco suas próprias vidas. O caso mais recente se apresentou no dia 15 de abril de 2010, quando dois estudantes de um colégio morreram depois de ser atropelados por um ônibus da Transmilenio quando tentavam ingressar o sistema sem pagar. Casos como este se repetem todos os dias.
  • O sistema Transmilenio – que projeta monopolizar todo o transporte público de Bogotá – não consegue satisfazer plenamente a grande demanda que exige uma cidade destas dimensões. Por isso que o sistema entra em colapso, que o número de ônibus seja insuficiente e que a grande quantidade de pessoas se aglomeram nas estações.
  • Uma das principias críticas apontadas a este sistema é que oferece um serviço altamente incômodo a seus usuários, já que a quantidade de usuários é tão grande (como também a avareza de seus investidores) que enchem ao máximo os ônibus em cada uma de suas viagens. Isso têm gerado problemas de insegurança dentro dos próprios ônibus e situações de desconforto para pessoas que viajam com crianças, para deficientes físicos e idosos.
  • Em função de que o sistema Transmilenio tem aumentado sua renda depois de atender a milhares e milhares de pessoas todos os dias, todo o dia, as tarifas do serviço aumentam arbitrariamente sem nenhuma argumentação sólida por parte da administração e as diretivas.
  • Devido à alta velocidade na qual viajam os ônibus do sistema Transmilenio (por ter uma pista própria para sua circulação) constantemente se apresentam acidentes de trânsito com outros ônibus do sistema, com veículos particulares ou se atropelam pedestres desprevenidos.
  • Por último, é importante mencionar a contribuição de Transmilenio aos processos de contaminação atmosférica, ao utilizar motores a diesel. A quantidade de ônibus utilizados, somado à extensão do Transmilenio às principais vias da cidade fazem com que aumente a quantidade de partículas (PPM) e gases emitidos por fontes móveis.

Estas são algumas das observações críticas que podemos fazer ao sistema Transmilenio de Bogotá e que queremos compartilhar com os companheiros e companheiras libertários de Joinville (Brasil), os quais tem realizado importantes lutas por um sistema de transporte mais justo, público, gratuito e inclusivo para o total da população.



Bogotá, 21 de abril de 2010

Centro de Investigación Libertaria y Educación Popular - CILEP**

* O Pró-CAO estabeleceu contato com o Centro de Investigación Libertaria y Educación Popular, da Colômbia, que possibilitou o conhecimento inicial sobre o transporte coletivo realizado em Bogotá. Os empresários da Gidion e Transtusa ao lado da Prefeitura Municipal de Joinville estão fazendo a defesa do modelo da “Transmilenio”. A publicação de relato é uma contribuição com a luta por um transporte público, grautito e de qualidade. Leia nossa Carta Aberta sobre o aumento da tarifa de ônibus.

** El CILEP (Centro de Investigación Libertaria y Educación Popular) es un proyecto que, a través de la investigación militante y la educación popular, pretende ofrecer herramientas de análisis y comprensión de nuestra realidad para impulsar y potenciar formas organizativas libertarias en el país. www.cilep.net


É permitido qualquer reprodução, mas cite a fonte.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Carta aberta sobre o aumento da tarifa de ônibus

No dia 8 de março de 2010, antes de Joinville completar oficialmente mais um ano de existência, um presente às avessas foi dado à população, quando foi anunciado um novo aumento na tarifa de transporte coletivo, que deixaria de custar R$ 2,30 para custar R$ 2,65 (vale lembrar que é tática costumeira das empresas pedirem um valor acima do desejado, para fingirem que cederam pelo bem da população). Poderia parecer uma fala semelhante aos anúncios de aumentos anteriores. Porém, desta vez, existem alguns agravantes políticos:


1 – A atual concessão do serviço de transporte coletivo é ilegal. Fato admitido inclusive pelo atual prefeito quanto entrou com um processo em 1995 (então deputado estadual) contra o prefeito Wittch Freitag e seus antecessores, por conta da não existência de processo licitatório para o serviço.


2 – No início do ano passado, em reunião com a Frente de Luta Pelo Transporte Público, formada por diversas representações políticas, o prefeito Carlito Merss se comprometeu a não conceder o aumento imediato às empresas Gidion e Transtusa, até que fosse feito um estudo das planilhas de custo. Tal compromisso foi quebrado descaradamente dias depois, com a concessão do aumento. O mesmo compromisso foi firmado este ano: esperemos para ver se o prefeito quebrará duas vezes a mesma palavra, contudo, ao contrário do ditado popular, não esperemos sentados, pois fica mais difícil levantar depois de concedido o aumento.


3 – Após diversas manifestações populares que culminaram na ocupação da Câmara de Vereadores de Joinville, mais um acordo foi firmado entre a população e o poder público: da abertura dos canais de discussão sobre a questão do transporte coletivo. Porém, durante a realização da Conferência das Cidades, que elencaria pessoas para discutir certos assuntos entre eles o do transporte, o Movimento Passe Livre, bem como outros movimentos sociais, foi barrado através de legalismos excludentes, como a exigência de CNPJ para participar.


A eleição do prefeito Carlito Merss despertou esperanças em muitas pessoas que acreditavam na mudança das relações entre poder público e população. Podemos perceber que a mudança aconteceu, mas de forma demagógica e exclusivamente discursiva, visto que até agora nenhuma das reivindicações populares foram atendidas.


Assim, acreditamos que chegou o momento de radicalizar a luta em prol da transformação do transporte coletivo. Todas as aparentes vitórias que foram alcançadas durante o último ano, vieram através da mobilização das pessoas. Infelizmente, caímos no erro de acreditar na palavra do poder público diversas vezes, o que culminou na desmobilização da população, mas por outro lado, reforçou nossa convicção de que a mudança terá de partir de nós mesmos, pressionando o poder público até o mesmo atender a vontade popular. Se a vontade popular não é atendida, o poder público deixa de existir para se tornar um poder privado mascarado. Derrubemos a máscara então. Abaixo a exploração privada do transporte! Viva o poder popular! Viva a anarquia!


08 de abril de 2010

Pró-Coletivo Anarquista Organizado

I Feira de Cultura Libertária




Programação

15h00min

Abertura com a feira de livros libertários e exposição sobre o “1ª de Maio, dia de luta”.


16h00min

Relatos de existências das lutas sociais


17h00min

Exibições dos curtas


“Construção”

Maria Gutierrez – Brasil – 2006 – 8´30´

Baseado na música homônima de Chico Buarque, retrata o cotidiano dos trabalhadores da construção civil


“Dekassegui”

Roberto Maxwell – Brasil – 2006 – 11´

Cotidiano de um brasileiro descendente de japoneses que partiu para trabalhar no Japão


“Leviatã”

Camilo Cavalcante – Brasil – 1999 – 21´

A morte de um nordestino em São Paulo


18h00min

Recital de poesias com Edgar Schatazamann



Movimentos sociais, entidades e grupos confirmados



DCE - Diretório Central dos Estudantes – UNIVILLE

CALHEV - Centro Acadêmico Livre de História “Eunaldo Verdi” – CALHEV

GEPAF - Grupo de estudos, políticas e ações feministas

CMI - Centro de Mídia Independente

GEIPA - Grupo de Estudos das Idéias e Práticas Anarquistas

Livraria Libertária ´36

MPL - Movimento Passe Livre de Joinville